07/06/2014

Capítulo 18 - Damm it, Louis!

       

                                                                              Linda                 Linda     


Eles entram. O local é extremamente empoeirado, como era de se esperar.  Esteve fechado por anos.

-Aqui é bem assustador- Disse Harry.

-Concordo- Disse Niall.

-Onde fica o terceiro período?

-Provavelmente no terceiro andar- Disse Demi. Eles sobem as escadas.

-Qual dessas é a sala 3?

-Provavelmente a do meio- Eles entram na sala do meio -Está bem empoeirado aqui –Louis tenta ligar a lâmpada.

-Não quer ligar- Disse ele.

-Vou abrir uma cortina- Disse Harry –A antiga escola não tinha sete mistérios de algum tipo?

-Não sei. Não dou a mínima para lendas urbanas- Eles começaram a procurar.

-Então, você não acredita em maldições e fantasmas?

-Não mesmo! São apenas coincidências ou ilusões dióticas. Tirando a calamidade, é claro.

-O “segredo” da biblioteca auxiliar não é um dos sete mistérios?- Perguntou Niall.

-Biblioteca?- Perguntou Harry.

-Dizem que dá pra escutar um gemido vindo de lá, as vezes. Você já ouviu, Louis?

-Não.

-Ouvi dizer que tem um antigo escritório no porão que contém escritas secretas que não podem ser reveladas ao público e que uma vez o bibliotecário já se trancou lá para proteger.

-Basicamente, o bibliotecário ainda está vivo, se trancou na biblioteca completamente sozinho, e agora nós podemos escuta-lo gemer? Isso é no mínimo sugestivo- Disse Harry, em seguida começa a rir. Não sendo acompanhado pelos outros.

-O que foi?

-Esqueçam.

-Aposto que no fim é o Conor- Disse Louis.

-Eu consigo escutar gemidos aqui, às vezes- Disse Demi. Todos a olham assustados.

-Sério?!

-Não. É brincadeira. Enfim, vamos deixar o ar entrar- Ela se dirige a janela, e tenta levanta-la, porém a mesma estava emperrada. Ela força ainda mais, fazendo o vidro ceder, e cair em sua direção, porém, Harry a puxa impedindo uma colisão.

-Você não está nada bem- Disse Harry.

-Estou sim- Demi mostrou os braços pra ele –Viu?

-Você parece bem pra mim- Disse Louis.

-Eu não quero que alguém nos veja e nos transforme em um dos sete mistérios- Disse Niall –Melhor deixar as janelas fechadas.

                                                       16:23           

-Estivemos procurando há um tempão e ainda não encontramos nada- Disse Niall impaciente. Louis procurava nos armários, e Demi se aproximava dele, quando de repente, ela pisa em uma madeira infalsa, tropeçando e batendo contra os armários, e se não fosse o rápido movimento de Louis, o garoto estaria machucado.

-Dá um tempo, ok?!- Exclamou ele. Ela dá uma risada.

-Você parece estar bem.
                                   16:30 – Arredores de Nova Orleans.  

-Você tem certeza que quer fazer isso?- Perguntou Selena.

-Sim, tenho, não consigo conviver com isso.

-Você acha que vai dar certo?

-Acho que sim, mas não se preocupe, vou te ligar assim que chegar- Disse Bridgit –Tchau, se cuide.

-Até mais e se cuide também.     
   
                                             16:41 – Antiga sala 3      

-Não acho que esteja em um lugar fácil de achar, como em uma carteira- Disse Demi.

-É verdade- Disse Harry –Temos que procurar em um lugar onde ninguém procuraria.

-De fato,- Disse Niall –Provavelmente não está no chão, e em nenhuma mesa.

-E ali dentro?- Demi aponta para um armário antigo.

-Armário do zelador.

-Não custa tentar- Harry abre a porta.

-Tudo que vejo são produtos de limpeza- Disse ele –Não ,espera!

-Harry? Encontrou algo?- Perguntou Louis. Harry se aproxima deles segurando um pacote marrom –O que é isso?

-Tem algo escrito- Disse Demi.

-Vejamos- Disse Harry –“Para os futuros estudantes que estão sem dúvidas sofrendo com o desastre sem sentido dessa classe”.

-Bingo!- Exclamou Louis.

-Achamos!- Gritou Niall –Brad deve ter escrito isso.

Harry abre a embalagem.

-É uma fita- Disse Harry.

-Nossa, isso ainda é fabricado?- Perguntou Louis.

-Não, como vamos reproduzir?

-A sala de vídeo- Disse Demi.

-Será que lá tem algum equipamento que reproduza um instrumento tão antigo?

-Não custa tentar.

                                         17: 01 - Sala de vídeo   

-Deve ter algum reprodutor aqui- Disse Louis enquanto vasculhava as prateleiras.

-Encontrei!- Disse Niall. Todos se sentam no chão e Niall põe o aparelho no meio.

-Certo, vamos rodar.

A fita começou a fazer barulho. A sala ficou em completo silêncio por 30 segundos, e depois começou:

“Bem... meu... meu nome é Brad. Brad Paisley. Sou aluno da classe 3 do terceiro período de 1994. Quando terminar de gravar isso, pretendo esconder em algum lugar da sala. Se está ouvindo a essa gravação, você também deve estar na classe 3. Me pergunto qual a probabilidade disso... é possível que vocês estejam aterrorizados pelo desastre sem sentido que eu... que nós... deixa pra lá. Tenho dois motivos para deixar essa fita. O primeiro é para confessar meu pecado. Meu pecado. Quero contar pra alguém o que eu fiz. Preciso que alguém ouça. O segundo é dar um conselho pra você. Se trata do aluno extra que se mistura com a classe, e que como resultado causa a calamidade... como ela pode ser parada. Em outras palavras... bem... Na verdade, eu devo começar do início. Nossa classe fez uma excursão. Nós partimos no dia 8 de agosto, para passar três dias e duas noites. Nossa professor, Senhor Johnson, sugeriu que visitássemos a igreja local. Tem uma paróquia nessa cidade chamada Paróquia Saint’ Anna. Ele disse que se rezássemos lá, a maldição seria desfeita. Haviam 22 alunos lá, me incluindo. Não acreditávamos totalmente no professor. No segundo dia, subimos a montanha para visitar a tal Igreja. Ela era bem antiga, e estava surrada, como se tivesse sido abandonado pelo mundo, apesar de ser uma construção barroca, ela não aparentava receber manutenção, por isso decidimos limpar o lugar enquanto estávamos lá. Na hora, esperávamos que aquilo talvez desfizesse a maldição, e depois que terminamos de rezar, o professor declarou confiantemente ‘tudo ficará bem agora’. Mas não ficou. Não foi tão simples. Logo que saímos da paróquia, o céu de repente escureceu, e começou a chover, e começaram a surgir vários trovões. Conforme descíamos a montanha, a primeira vítima foi um garoto chamado Arnold. Ele era meio idiota. Ele foi o único a levar um guarda-chuva. E nós estávamos em uma montanha, numa tempestade de raios, ele estava andando em minha frente, quando por um segundo, minha visão ficou branca, e eu ouvi um grande barulho. Arnold foi acertado por um raio, ainda me lembro do cheiro de carne queimando. De toda forma, os alunos entraram em pânico e correram, deixando Arnold pra trás, desesperados para saírem da Montanha o mais rápido possível. Mas momentos depois daquilo, correndo cegamente através da chuva... a segunda vítima foi feita. Uma garota chamada Elizabeth. Durante o pânico, ela escorregou e caiu de um penhasco bem alto. Tudo que podíamos fazer era chamar por ajuda no pé da montanha. Mas no fim, não conseguimos salvar nenhum dos dois. Rezar não surtiu efeito nenhum. Agora, finalmente a parte importante. Logo depois de finalmente chegarmos no pé da montanha, foi quando aquilo aconteceu. E com aquilo... eu quero dizer... Eu...”

A fita para. Provavelmente o lado A havia terminado. De repente, eles escutam barulhos no corredor. Alguém tentava abrir a porta. Louis tira a fita do aparelho rapidamente. Todos se esconderam. Alguém entra na sala, era um treinador do clube de volei.

-Tem alguém aí?- Perguntou ele.

-O que foi treinador?- Eles escutaram a voz de um garoto.

-Escutei um barulho vindo daqui, mas foi só impressão- Ele sai da sala fechando a port.

-Essa foi por pouco- Disse Louis saindo o esconderijo.

-Que susto- Disse Niall.

-Eu estava suando frio- Disse Harry.

-Sim, eu também. Louis, a fita!- Louis segurava a fita e junto dela um emaranhado de fios, isso tudo porque a fita ficou presa no reprodutor e ele puxou, resumindo... Louis havia estragado tudo.

-Idiota- Disse Demi.

-Só pode estar brincando!- Disse Louis.

-Não ouvimos a parte importante- Disse Harry.

-Dá pra consertar?

-Acho que é possível.

-Ótimo! Valeu cara!- Louis empurra a fita para Niall –Temos de ouvir o resto!

-Algum problema em deixar com você, Niall?

-Farei o melhor que puder- Disse o loiro.
                                          17:34 – Ruas de Nova Orleans
O motorista de um guindaste estava dirigindo sobre uma rua com uma leve inclinação. Quando decide parar em uma loja de conveniência. O que foi grande idiotice da parte dele, por causa da chuva. Assim que ele desceu, e entrou na loja. O guindaste começou a descer a rua sozinho... atingindo uma casa que ficava no início da rua.
                                        17:36 – Estradas de Nova Orleans
Bridgit estava no carro dos pais, estava dirigindo rumo a Madeville. Lá ela iria procurar algum lugar pra reiniciar o seu terceiro período. Ela não era de fugir, mas infelizmente ela não via outra saída, não queria morrer.

De repente, uma grande rocha saindo das montanhas atinge o vidro do carro, fazendo o pai perder o controle, e o automóvel acaba sendo jogado contra um penhasco.
                                               17:50 – Ruas de Nova Orleans

Selena estava parada em frente a sua casa. Ela mal conseguia acreditar no que via. Lá... bem a sua frente... ela podia ver um caminhão guindaste com a garra entrando dentro do quarto do irmão.

-Você mora aí?- Perguntou um homem se aproximando dela. Ele tinha pânico em seu olhar.

-S-sim- Disse ela.

-Me desculpe- Ele parecia estar chorando, mas era difícil de dizer por causa da intensa chuva.

-Eu não queria que isso tivesse acontecido?

-O que você fez?

-Eu sou o motorista daquele veículo... e ... eu... havia parado lá em cima, mas eu não sei o que houve, porque eu perdi o controle e ele começou a descer a rua sozinho, e eu acho que... eu... acho que... quem estava naquele quarto?- Ele apontou para onde o guindaste havia invadido.

-Meu... irmão.

-Me desculpe- Ele tinha tristeza na voz, mas era difícil de dizer se ele estava chorando.

-Me diz o que você fez!- Exclamou ela.

-Eu... acho que... matei seu irmão.


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Beijos







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